Veja a pequena entrevista que o jornal Extra fez com o Dh.
O mundo já não é mais furta-cor para a Cine, a primeira banda
colorida a fazer sucesso. Num clima mais sóbrio, os rapazes se
reinventaram: trocaram as calças e camisetas fluorescentes por roupas
mais sérias, pretas e brancas, e se preparam para lançar um novo disco,
“Boombox arcade”, que vem bem diferente.
— Fomos tirando as cores
aos poucos no último ano. Amadurecemos a forma de nos vestir para
acabar de vez com o estigma de “banda colorida”, cansamos disso.
Incomodava ser o tempo todo comparado à Restart. Nenhuma banda quer
isso, desejamos ser reconhecidos por nós mesmos — diz DH, de 24 anos,
vocalista da Cine, montada em 2007, mais de um ano antes da formação da
Restart, hoje o mais aclamado grupo de happy rock do Brasil: — Já fui
muito chamado de colorido na rua. Brasileiro às vezes parece que gosta
de atingir ao máximo os outros, e a Cine sofreu com isso. Sei que a
Restart sofre também. O que era para ser divertido acabou se tornando
pesado para nós.
Mas o que será que aconteceu com as roupas verdes, azuis, amarelas, laranjas... que sempre vestiam DH e sua trupe?
—
Eu não sei por que, mas algumas roupas minhas somem naturalmente do
armário. E isso já aconteceu com algumas coloridas. Outras passei para
a frente, dei para fãs, joguei para o alto em shows. Mas as que usei em
ocasiões especiais guardo como recordação — explica o cantor, que
completa: — Estamos mais sóbrios, sim, mas ainda uso uma ou outra
camisa de cor.
E não foi só fisicamente que eles mudaram, não.
“Boombox arcade”, que chega às lojas no fim do mês, vai, com certeza,
surpreender os fãs da banda, que ficou famosa com a música de
refrão-chiclete “Garota radical”, de 2009.
— Misturamos o pop com
a música eletrônica, o disco inteiro está nessa linha. Quisemos dar uma
diversificada no som que estava rolando no país. Algumas faixas estão
mais agressivonas, com guitarras pesadas, outras mais calmas. Tem
baladinhas também, mas tudo com bastante eletrônico — explica DH.
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